A EXPERIÊNCIA DE UM ATELIER DE ARQUITETURA COMO MEIO DE REGISTRO DE BENS INTEGRADOS DA ARQUITETURA PELOTENSE

Franciele Fraga Pereira, Karen Majuriê da Silva, Aline Montagna da Silveira

Resumo


O patrimônio edificado pelotense, reconhecido recentemente por seu importante acervo eclético, tem sido objeto de diversas pesquisas nos últimos anos, nos mais diversos campos do conhecimento. O seu reconhecimento foi comprovado através de ações de patrimonialização, como o inventário e o tombamento de diversos bens imóveis integrantes desse conjunto. Além da ambiência urbana do conjunto, de relevante valor simbólico e cultural, muitos edifícios possuem em seus interiores bens integrados (ladrilhos hidráulicos, azulejos, vitrais, forros de estuque, escaiolas, pinturas murais e gradis, entre outros) que revelam aspectos da materialidade e da imaterialidade (do saber fazer) de ofícios tradicionais, que compõem os bens culturais da cidade. Entretanto, os instrumentos de proteção vigentes não garantem a preservação da integridade dos interiores de grande parte dessas edificações inventariadas. Os proprietários e/ou usuários dos imóveis, movidos pela especulação imobiliária, pela falta de recursos para manutenção ou até mesmo pela falta de conhecimento sobre os bens integrados, acabam por descaracterizar seus imóveis. Nesse âmbito, a experiência da disciplina Projeto de Arquitetura VI, do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPEL traz uma significativa contribuição, documentando, registrando e destacando a importância, junto aos usuários desses bens, da importância cultural desses acervos presentes nos interiores de diversas residências pelotenses.

Palavras-chave: Arquitetura e Urbanismo; Patrimônio Cultural; Preservação do Patrimônio; Pelotas; Bens Integrados.


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