ÉDIPO REI: ANÁLISE A PARTIR DA POÉTICA DE ARISTÓTELES

Nathália Góes de Santana, João Francisco Nascimento Hobbus

Resumo


No presente estudo irei utilizar a arte poética aristotélica como referência para analisar o poema trágico Édipo Rei, levando em consideração o próprio poeta, ou seja, a construção do enredo, que para Aristóteles é parte fundamental para a tragédia, o todo (início, meio e fim), as formas de diferenciação, a saber, os meios, os objetos e os modos, como também o télos (finalidade) a ser alcançado, as transformações que possibilitam o télos e a catarse provocada no público devido ao desenvolvimento do enredo, buscando salientar o ordenação técnica proposta pelo autor para a construção de uma boa tragédia. A Poética de Aristóteles mostra-se como uma obra que possibilita o aprendizado sobre poemas miméticos, expondo do que se trata, de como eles devem ser compostos, na visão do autor, e as formas de diferenciá-los de outras obras. Édipo Rei é um dos poemas trágicos mais conhecidos do mundo, gerou inúmeras discussões nos mais variados campos do saber, influenciou o psicanalista Sigmund Freud a teorizar sobre o chamado “complexo de Édipo” e, ainda na contemporaneidade, são propostas novas interpretações da obra. Enquanto a Poética de Aristóteles é a primeira obra do gênero e inicia com ela uma tradição, servindo como base durante séculos para as produções artísticas, o Poema Édipo Rei é um marco na tragédia grega, sendo debatido e estudado até nos dias atuais.

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