O ENIGMA DO GÊNIO: UMA ANÁLISE SOBRE A POESIA INGÊNUA E SENTIMENTAL

Josiana Barbosa Andrade, Robinson dos Santos

Resumo


Ao longo da história da humanidade, surgem determinados paradigmas, ora no mundo científico, ora no mundo poético. Como reação ao racionalismo iluminista, surge o Romantismo que, embora não tenha sido um movimento exclusivamente filosófico, mas também artístico e cultural, causou entusiasmo e adesão aos seus ideiais por parte de muitos intelectuais. Entre eles está Friedrich Schiller, que escreveu inúmeras obras, dentre elas a Poesia Ingênua e Sentimental. Nesta obra estética, o filósofo não só descreveu os caracteres da poesia antiga e moderna, mas também buscou analisar, minuciosamente, as formas de pensar, de sentir e de produzir o belo. De que forma, porém, se deu a relação entre esses gêneros poéticos, tendo em vista que ambos, por caminhos distintos, buscavam encontrar o mesmo lugar? O objetivo deste trabalho consiste em analisar a relação histórico-conceitual entre o ingênuo e o sentimental, sem perder de vista a figura do gênio, uma vez que, ao longo da história, o ambiente cultural influenciou fortemente a forma e o conteúdo da poesia. Assim, tanto a arte quanto o artista serão levados em consideração pelo poeta, pois nas suas obras foi possível perceber a construção da identidade do ser humano moderno influenciado pela cultura e, por consequência, na busca de um Ideal, já que “um poeta ou é, ou buscará a natureza”, como afirmou o amigo de Goethe.

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