CARTAZ DE ATIVISMO COMO DISPOSITIVO DE PROPAGAÇÃO IDEOLÓGICA: BREVE MAPEAMENTO HISTÓRICO

Joana Luisa Krup, Lúcia Bergamaschi Costa Weymar

Resumo


O presente artigo faz parte de uma pesquisa maior, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas, sobre design de ativismo na Segunda Guerra Mundial ligado à construção da imagem feminina através dos cartazes do partido nazista. A pesquisa, ora apresentada, objetiva realizar breve mapeamento histórico sobre o cartaz político cujo debate se dá através da problematização de questões como ideologia e cultura visual. A metodologia científica utilizada para construção deste artigo, que é uma pesquisa qualitativa, relaciona-se à revisão bibliográfica sobre os temas acima elencados. Cartazes, como exemplos de peças de design projetados para servir a agendas políticas, são dispositivos para difundir ideologias capazes de atingir a população de forma rápida e acessível. De acordo com Abraham Moles (1974), o cartaz caracteriza uma mensagem que parte da coletividade em direção ao indivíduo e que possui duas partes inerentes, quais sejam, a mensagem semântica e a mensagem estética. É importante discutir a cultura visual para contextualizar o período de produção e circulação dos cartazes. Para Fernando Hernández (2007, p.22), “a expressão cultura visual refere-se a uma diversidade de práticas e interpretações críticas em torno das relações entre as posições subjetivas e as práticas culturais e sociais do olhar”, e também caracterizada como um estudo de construções culturais e de experiências visuais ligadas ao cotidiano, às artes e à mídia e suas representações.

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