CONCEPÇÃO, MONTAGEM, E AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA "A VIDA EFÊMERA DOS OBJETOS: UM OLHAR PÓS-ENCHENTE" NO MUSEU GRUPPELLI, PELOTAS/RS

Maurício André Maschke Pinheiro, Giovani Vahl Matthies, José Paulo Siefert Brahm, Diego Lemos Ribeiro

Resumo


O texto que segue busca refletir sobre o processo expositivo concebido após evento traumático ocorrido no Museu Gruppelli. No dia 26 de março de 2016, a comunidade do Sétimo Distrito de Pelotas foi acometida por uma enchente de proporções inéditas. Casas e comércios da região sofreram enormes perdas. Com o Museu Gruppelli não foi diferente. Parte do acervo foi arrastado pela força da água, se perdeu, ou foi danificado, de forma irreversível. Entre as principais perdas do acervo está o tacho de cobre e a cadeira que ficava no cenário da barbearia. A partir desse acontecimento, elaboramos uma exposição temporária, intitulada “a vida efêmera dos objetos: um olhar pós-enchente”, que busca contar a história da tragédia ocorrida no Museu, através da visão dos objetos. Por esse contexto, o presente artigo tem por finalidade fazer um breve relato das etapas de concepção, montagem e avaliação da exposição temporária mencionada. Do mesmo modo, abre caminho para refletir sobre a musealização do ausente e do trato de acervos que passaram por eventos traumáticos.


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