NÍVEL DE INSTRUÇÃO DE PRODUTORES RURAIS E AS CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO LEITEIRA

Tony Picoli, João Luíz Zani, Cristina Mendes Peter, Giulia Soares Latosinski, Geferson Fischer

Resumo


No Brasil, existem produtores de leite especializados com alta produção e um número considerável de pequenos produtores produzindo pequeno volume de leite com baixa qualidade. Sabe-se que o grau de instrução dos produtores pode determinar melhores índices produtivos na atividade leiteira. Neste estudo, objetivou-se relacionar distintas formas de produção leiteira com o grau de instrução dos produtores. Em 274 unidades de produção de leite (UPL) do Rio Grande do Sul, foram colhidas amostras de leite e foram aplicados questionários epidemiológicos aos produtores. Em média, as UPL apresentam 8,4 vacas em lactação e 4,4 vacas secas, produção de 78,9 L/dia, e produtividade de 9,3 L/vaca/dia. Há UPL que utilizam sua área apenas para pecuária leiteira (46%) e as que utilizam também para lavoura (54%). Houve maior Contagem Bacteriana Total (CBT) em UPL que trabalham com ambas atividades (p<0,05), e a contagem de células somáticas (CCS) menor em UPL cujos produtores eram mais escolarizados. Esses produtores realizam com maior frequência o tratamento de vacas secas (p<0,01) e a realização de inseminação artificial aumentou a produção da UPL (p<0,05). Quanto à ordenha mecânica, há diferença na realização de manutenção do equipamento que é mais realizado por produtores mais instruídos (p<0,01). O nível de instrução pode interferir na adesão de técnicas que cursem com qualidade do leite produzido.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v2i2.4079