INVESTIGAÇÃO DE VÍRUS DE IMPACTO NA SANIDADE AVÍCOLA EM AVES SILVESTRES PRÓXIMAS A UMA CRIAÇÃO DE AVES COLONIAIS EM PELOTAS, RS

Alice Teixeira Meirelles Leite, Geferson Fischer, Silvia de Oliveira Hübner, Marcelo de Lima, Gilberto D'Avila Vargas

Resumo


O Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne de frango, com 13,245 milhões de toneladas, e o maior exportador, com 4,214 milhões de toneladas destinadas à exportação, no ano de 2019. Aves silvestres de vida livre, devido as suas características biológicas, são capazes de carrear microrganismos patogênicos de forma biológica ou mecânica, podendo atuar como disseminadores de diferentes enfermidades na produção industrial, comercial ou doméstica de aves. O objetivo deste estudo foi investigar a exposição aos vírus da doença de Newcastle (NDV), da doença de Marek (MDV) e da doença de Gumboro (IBDV) em aves silvestres residentes próximo a uma criação de aves coloniais na região de Pelotas – RS. A metodologia empregada foi a detecção de material genético viral por RT-PCR e PCR em suabes de orofaringe e cloaca, e pesquisa de anticorpos por ELISA em amostras de soro e sangue total colhido em papel filtro. Foram capturadas aves da ordem Passeriformes (n=20) e ordem Columbiformes (n=13). Não foi detectada a presença de NDV e MDV por métodos moleculares nas aves silvestres pesquisadas (n=24), nem anticorpos contra NDV e IBDV nos ensaios imunoenzimáticos (n=30). Os resultados obtidos reforçam a importância da vigilância contínua dos vírus potencialmente patogênicos aos plantéis avícolas através do monitoramento de aves migratórias, dada a importante posição do Brasil no mercado produtor e exportador de frangos de corte.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v8i1.17601