O conceito como unidade fundamental da linguagem mental em Guilherme de Ockham

Laiza Rodrigues Souza

Resumo


A noção de conceito é um tema fundamental e recorrente que permeia as reflexões filosóficas. Durante a escolástica, o conceito sob o título de “universal” protagonizava uma acirrada discussão acerca de qual o modo de existência dos termos gerais e do modo pelo qual temos acesso a eles. Neste contexto, a postura de Guilherme de Ockham em relação ao estatuto ontológico dos universais é nominalista, isto é, considera os universais como termos, reduzindo-os a nomes sem existência no mundo exterior. Ockham desenvolveu em sua teoria lógica dois níveis de linguagem, a partir da concepção boeciana dos três níveis de discurso, o falado, escrito e o mental. Assim, temos a linguagem mental que abriga o discurso mental e a linguagem convencional que abriga o discurso escrito e falado. O universal ou conceito possui existência somente na linguagem mental. Entretanto, nos falta explicar como podemos extrair do mundo um conceito que só existe na linguagem mental? O objetivo desta comunicação é mostrar como através da nossa relação com o mundo se dá a formação do conceito através de um ato cognitivo abstrativo que faz do conceito um signo mental que enquanto tal é a unidade fundamental da linguagem mental pela sua capacidade de supor dentro de uma proposição mental por todos ou qualquer uma das coisas singulares que ele significa.


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