A imortalidade e a relação entre o filósofo e a cidade em Hannah Arendt

Natália Tavares Campos

Resumo


A reflexão sobre a tensão e o conflito entre o filósofo e a cidade é recorrente nos textos arendtianos. Este artigo tem como objetivo considerar e analisar  essa relação conflituosa sob uma perspectiva específica: a perspectiva da imortalidade, tal como pensada por Arendt. Assumimos aqui a hipótese de que a questão da imortalidade tem papel importante e relevante na relação entre o filósofo e a polis. Aproximando-os e afastando-os na mesma medida, acreditamos que a noção da imortalidade encontra eco no conflito entre o filósofo e a cidade, entre a Filosofia e a Política. Pretendemos, assim, responder nas linhas que se seguem perguntas como: Há uma implicação do desejo de imortalidade no conflito em questão? A experiência da imortalidade, em seus distintos significados e características para o filósofo e para a cidade, encontra-se, de alguma forma, imbricada na tensão existente entre ambos? Estas são as questões que se pretende considerar e examinar aqui, seguindo sempre a trilha de pensamento de Hannah Arendt. 


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