Clínicas do Testemunho: a política de reparação psíquica no Brasil

Alexei Conte Indursky, Daniela Sevegnani Mayorca

Resumo


O presente artigo propõe refletir sobre a emergência e implementação da política de reparação psíquica, Clínicas do Testemunho, na agenda de justiça de transição no Brasil. Inicialmente, procuramos realizar um apanhado histórico que demonstrasse as condições de possibilidade dessa política em nosso contexto. Em seguida, justificamos a pertinência da metodologia clínica e política empregada ao longo do projeto, a partir de uma revisão crítica sobre os efeitos sintomáticos da política de perdão, veiculada através da noção de anistia no Brasil. Para tanto, apostamos que uma política de reparação psíquica pressupõe um contexto sócio-político desde o qual são moduladas as próprias bases normativas e os sentidos do que é ser vítima da violência de Estado. Na sequência, serão apresentados os principais efeitos clínicos e políticos produzidos através de vinhetas clínicas. Por fim, será realizada uma discussão dos resultados e os desafios que representam para a agenda da Justiça de transição no Brasil.


Palavras-chave


Reparação Psíquica; Justiça de Transição; Testemunho; Trauma; Violência de Estado.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rsulacp.v5i1.16010

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/rsulacp.v5i1.16010.g10511

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ISSN 2317-5338

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