BIOPOLÍTICA NAS MÍDIAS DIGITAIS: APONTAMENTOS SOBRE BIOESTÉTICA E A BOÇALIDADE DO MAL

Patrícia Aurora Corrêa Mazoti

Resumo


O artigo busca compreender a sociedade em rede através de uma análise das mídias digitais. Se, na era da informação, permite-se a proliferação de novas formas de comunicação e sociabilidades, aumenta-se também a vigilância através da conexão perpétua, a localização geográfica, o controle modular moral, ético e estético. A regulamentação é realizada pela interface das plataformas sobre indivíduos, tornando possível a coleta e armazenamento de informações de milhões de pessoas. Assim, as mídias digitais exercem um poder biopolítico transnacional que perpassa muitas vivências contemporâneas, marcando-se pela ligação emocional que os indivíduos desenvolveram pelas suas redes sociais. Porém, a possibilidade de “dizer tudo” quebrou a suposta neutralidade da natureza humana, fazendo com que “bárbaros” emergissem em todos lugares. Dessa forma, a necessidade de visibilizar a negação do outro foi reformulada, já que não basta mais rejeitar propostas, causas e/ou pautas em silêncio, pois o ódio constituiu-se através da polifonia da boçalidade.


Palavras-chave


Mídias digitais. Biopolítica. Bioestética. Boçalidade do mal.

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