Ordem e desordem: criação e metamorfoses ético-estéticas na formação docente

Mirela Ribeiro Meira

Resumo


Esse artigo aproxima ética, estética e formação docente na figura das possíveis metamorfoses criadoras geradas pela experiência com arte. Estas são imprescindíveis para a formação docente, ao proporcionarem a (re) criação de si, do outro e da cultura, conjurando campos de sentido – éticos, estéticos, políticos e de convivência. Instituem, restituem e constituem a re-ligação do sensível e do inteligível na figura de experiências “meta-formóticas” capazes de instaurar processos identitários, experiências criadoras, expressivas, de conhecimento e reflexão plurais, abertos, mutantes. A desordem, figura e metáfora que encarna e revela o que perpassa a criação coletiva, passa a constituir uma “categoria metodológica”, a de uma “razão sensível” como o locus das metamorfoses que a arte e seus eventos, materiais, linguagens, situações e vivências convocam – e de onde pode nascer uma outra racionalidade, mais complexa, aberta, plurívoca. Estas reflexões decorrem de pesquisas com as Metamorfoses Pedagógicas com Arte, Experiência Estética e Criação Coletiva que investigam as reverberações que esta metodologia – através de suas confluências, deslizes, mutações, pausas – provoca nas relações éticas, estética e políticas que, sob a perspectiva da Arte, imprimem uma característica peculiar à formação docente.

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