Uma arqueologia do abandono: colonialidade e a construção da cidadania na morte
Resumo
Resumo: O objetivo deste artigo é propor uma reflexão sobre o abandono institucional e a materialização da colonialidade no racismo estrutural e classismo sob corpos na construção da cidadania na morte, a partir de formas de violência de estado que são naturalizadas. Analiso especificamente como se constrói a cidadania na morte, a partir de um olhar sobre o tratamento de funcionários e instituições de corpos categorizados como “desconhecidos” pela burocracia estatal durante a ditadura empresarial militar brasileira. Essa análise tem como eixo central a compreensão de colonialidade onde ações opressoras são sustentadas nos pilares fundamentais do modelo eurocêntrico de dominação e exploração - a racialização e racionalização que se perpetuam no mundo pós-colonial sobre os sujeitos subalternizados.
Abstract: The purpose of this paper is to offer a portrayal on institutional abandonment and the materialisation of coloniality in structural racism and classism under bodies in the construction of citizenship in death, resulting from naturalised forms of state violence. I specifically examine how citizenship in death is constructed through the treatment of bodies classified as "unknown" by the state bureaucracy during the Brazilian military corporate dictatorship. The understanding of coloniality, where oppressive actions are sustained under the racialization and rationalisation that are perpetuated in the post-colonial world on subaltern subjects, is central to this analysis.
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