TERRITORIALIDADE NEGRA NO ESPAÇO TRANSNACIONAL ENTRE BRASIL E GUIANA FRANCESA: O CASO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA KULUMBU DO PATUAZINHO (1990 A 2021)

Jelly Juliane Souza de Lima, Avelino Gambim Júnior, Kathelin Thayssa Mendonça Carneiro, Edineth Alves da Silva, Claudemir dos Santos Batista

Resumo


As fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, especificamente no município de Oiapoque, no estado do Amapá, constituem-se em espaços de diversidade sociocultural. No entanto, ainda são escassos os estudos sobre formações de comunidades negras ou quilombolas. Neste artigo, procuramos compreender o processo de formação da comunidade quilombola Kulumbu do Patuazinho e suas relações com o território ocupado. A pesquisa de campo foi pautada no uso de metodologias como história oral, observações etnográficas e caminhamentos pela comunidade. Nesse caso, os resultados da pesquisa permitiram compreender que a migração de um núcleo familiar negro vindo do estado do Maranhão na década de 1990 não pode ser explicada somente pela busca de melhores condições de vida, mas deve estar pautada nas relações com os guias espirituais de matriz africanaque impulsionaram a chegada a esse lugar, e as misturas com outros grupos que vivem na região e suas cosmologias.


Palavras-chave


Território, Quilombo, Kulumbu do Patuazinho, Amazônia, Fronteira franco-brasileira

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