Fronteira cultural ou disputa pela paisagem? O caso da sinagoga de Tel Dor, Israel

Gabriela Rodrigues Marques de Oliveira

Resumo


Através de informações contidas na obra de Josefo e em relatórios de escavações em Tel Dor, tomamos conhecimento de um episódio que ocorreu nessa cidade em 42 d.C., quando um grupo de romanos depositou uma estátua do imperador dentro de uma sinagoga. Tal ato foi desrespeitoso não apenas com os judeus, mas com o próprio imperador, que havia garantido liberdade de culto aos mesmos. A partir desse acontecimento, discutiremos questões concernentes aos usos do culto imperial nas províncias romanas, e às fronteiras e limites existentes entre Roma e os romanos das províncias, e entre judeus e romanos. Trataremos também de como essas fronteiras podem ser simbólicas e culturais, mas ainda sim levar a uma disputa pela paisagem construída.

 

Abstract: 

Through information contained in the work of Josephus and excavations reports of Tel Dor, we came to know of a possible episode that occurred in that city in 42 C.E., when a group of Romans deposited an imperial statue inside a synagogue. The existence of material remains of the synagogue and the statue was not yet proved, but if such an act did happened it was disrespectful not only to the Jews, but to the emperor himself, who had guaranteed religious freedomship for them. From that event, even if it was not proven factual, we will discuss issues concerning the uses of imperial cult in the roman provinces, and the borders and boundaries existing between Rome and the Romans of the provinces, and between Jews and Romans. We will also deal with how these borders can be symbolic and cultural, but at same time lead to a dispute over the built landscape.


Palavras-chave


Tel Dor; Culto imperial; Contato cultural; Fronteira simbólica; Paisagem

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DOI: https://doi.org/10.15210/lepaarq.v18i36.18767

 
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