RUÍNA E MATERIALIDADE: UMA ARQUEOLOGIA VISUAL ACERCA DA TRANSFORMAÇÃO DE ANTIGOS ESPAÇOS DO MUSEU DE ARQUEOLOGIA DE XINGÓ

Resumo

O ensaio visual a seguir preconiza à escavação imagética de antigos espaços do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX-UFS) que, em decorrência de seu abandono, transformaram-se, ao longo do tempo, em ambientes de ruína. A argumentação apresentada aqui busca não apenas legar uma maior importância à decadência como um fenômeno de transformação espacial, mas como a materialidade manifestada em uma ruína moderna contribui para a formação do valor histórico e arqueológico desta. Neste trabalho a fotografia é encarada enquanto testemunha do encontro ocorrido entre o arqueólogo e a cultura material, traduzindo a maneira pela qual ele escolhe representa-lo e, consequentemente, como esta escolha influencia na interpretação arqueológica produzida por intermédio de uma documentação visual.

Abstract: The following visual essay describes an imaging excavation of old spaces at the Museu de Arqueologia de Xingó that, due to their abandonment over time, are now in ruins. The argument presented here seeks not only to attach greater importance to decadence as a phenomenon of spatial transformation, but also how the materiality manifested in modern ruins contributes to the formation of their historical and archaeological value. In this work, photography bears witness to the encounter between archaeologist and material culture, translating how it is represented and how this influences the archaeological interpretation produced through a visual document.