IMPLANTAÇÃO DE HORTO MEDICINAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS, MG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Juliana Carvalho Ribeiro, Maria de Fátima Lino Coelho, Yula de Lima Merola

Resumo


O uso de plantas medicinais é uma prática tão antiga quanto o surgimento das primeiras civilizações e é reconhecido como prática integrativa complementar em saúde. Atualmente, observa-se um resgate do conhecimento adquirido pela sabedoria popular associado às pesquisas baseadas em evidências, e inúmeros são os trabalhos que valorizam o uso de plantas medicinais como recurso para a promoção à saúde. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi relatar a experiência no processo de construção e implementação de um horto medicinal na Atenção Primária à Saúde do município de Poços de Caldas, MG, pelos discentes do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras, através da execução de um projeto de extensão universitária, voltado à educação em saúde. A metodologia consistiu na implantação de hortos de plantas medicinais em duas Unidades de Saúde da Família localizadas em diferentes regiões de Poços de Caldas, MG, nos anos de 2019 e 2020. A execução do projeto de extensão aconteceu em quatro etapas, sendo a etapa 1 o levantamento de dados; a etapa 2 a definição das ações; a etapa 3 a implantação; e a etapa 4 a ação de educação em saúde. O resultado desta experiência demonstrou ampla aceitabilidade da utilização de plantas medicinais pela equipe das Unidades de Saúde da Família e pelos acadêmicos, que puderam perceber a importância do uso racional de plantas medicinais, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Conclui-se que este projeto de extensão contribuiu para a integração dos acadêmicos com a comunidade, fator muito importante na formação de profissionais de saúde. Ainda, este trabalho é uma informação relevante que pode nortear futuras ações relacionadas à implantação da Farmácia Viva no município de Poços de Caldas.

 

 


Palavras-chave


plantas medicinais; extensão universitária; sustentabilidade; educação não-formal.

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DOI: https://doi.org/10.15210/ee.v26i3.21134

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