HEIDEGGER, MERLEAU-PONTY E A CRÍTICA ONTOFENOMENOLOGICA DA TÉCNICA

Ericson S. Falabretti, Jelson R. de Oliveira

Resumo


Encontrar novamente um “há” prévio, um sentido originário, por meio de um pensamento que escape das malhas da metafísica e da objetividade e que se coloque no domínio do mundo da vida: eis a proposta que aproxima a filosofia de Heidegger e de Merleau-Ponty. A partir dessa aproximação de âmbito crítico ontofenomenológico, o presente artigo analisa a técnica em sua ambivalência: tanto como pensamento operatório (que é o alvo da crítica) quanto em sua formulação originária, estabelecida no âmbito pré-reflexivo do pensamento que se pergunta sobre si mesmo. Para isso, parte-se da crítica não à técnica em si, sobre o que ela diz do ser, mas da sua hegemonia regional cuja pretensão é dizer o real em sua integralidade. O resultado de uma tal crítica, em ambos os autores, passa pela ascensão do pensamento artístico e da linguagem poética como formas de pensar o ser como ser sensível.

 


Palavras-chave


Heidegger; Merleau-Ponty; ontofenomenologia; técnica; pensamento operatório.

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