O “DESAPARECIMENTO DO AUTOR” COMO ABERTURA PARA O PENSAMENTO EM BLANCHOT E FOUCAULT
Resumo
O presente artigo defende a hipótese de que Blanchot e Foucault, ao se alinharem à ideia que Mallarmé e Proust haviam semeado no final do século XIX e início do século XX (“a indiferença por quem fala ou escreve”), trazem um movimento de resistência, em dois níveis: no primeiro, às reduções da obra por uma psicologia do autor e, consequentemente, às teorias do gênio romântico; no outro, ao se distanciarem das análises psicopatológicas, encontraram na arte uma aliada para seus próprios pensamentos. Foucault e Blanchot não fazem mais tratados estéticos, como tradicionalmente encontramos em Baumgarten, Kant ou Hegel, mas encontram na arte e na literatura saberes irredutíveis a todo saber, possibilidades de pensamento que permitem escapar das categorias tradicionais. Vendo a arte e a literatura como aliadas, eles retiram delas toda a carga psicológica que, desde a institucionalização da autoria, oportunizou sua apreensão pela psiquiatria.
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