A CRIAÇÃO DE UMA TRADIÇÃO CRÍTICA NA AMÉRICA LATINA E O IMAGINÁRIO DA LITERATURA TRANSFRONTERIÇA NO SUL DO BRASIL
Resumo
Neste artigo reflito sobre as relações entre a literatura de fronteiras produzida entre o sul do Brasil, Uruguai e Argentina e seu vínculo com a construção de uma linha expressiva do pensamento crítico na América Latina: o paradigma da transcultural. Busco por um lado destacar momentos de articulação desse método de leitura no âmbito da crítica latino-americana; por outro, evidencio como tal paradigma foi a base para uma mudança de perspectiva por parte dos pesquisadores brasileiros dedicados à literatura da região. Destaco um descompasso: a relação entre o corpus e a crítica tem criado um consistente imaginário em torno de uma unidade cultural configurada como cultura gauchesca/ pós-gauchesca, quando a literatura contemporânea produzida por escritores da região lida com um imaginário muito mais diversificado do que a produção crítica tem tratado. Assim, mediante a leitura crítica da crítica, observo a homogeneização do imaginário cultural dessa região, e, considerando a pluralidade da ficção local na contemporaneidade, proponho a desarticulação dessa imagem. Para tanto, retomo o pensamento crítico na América Latina pela perspectiva de leitura que vem sendo concebida como Pensamento de Fronteira e promovo a leitura da ficção local em sua diversidade.
Palavras-chave: imaginários do Sul; pensamento crítico na América Latina; transculturação, literatura de fronteira.
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PDFDOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i26.8988
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