DOIS OLHARES SOBRE A FRONTEIRA BRASIL-URUGUAI

Tiago Pedruzzi, Chris Royes Schardosim

Resumo


Jorge Luis Borges, em entrevistas e também em conversas com amigos próximos, descreve a viagem à fronteira entre o Brasil e o Uruguai, realizada na companhia de Enrique Amorim, como “uma viagem em direção a um passado primitivo”. Essas experiências na rude fronteira foram depois utilizadas em seus contos, nos quais as referências a um gaúcho rio-grandense, uruguaio ou algum contrabandista estão presentes mais de uma vez. Outro autor que dedicou algumas linhas – não em sua produção ficcional, mas na forma de um ensaio psicológico/sociológico à fronteira Brasil-Uruguai e sua essência primitiva – foi Florencio Sánchez. Nesse ensaio, descreve a ausência das instituições e como isso reverbera no autoritarismo caudilhesco e também num estado de barbárie descrito através das práticas de justiça consideradas atrasadas. Deste modo, o presente trabalho se propõe a analisar a produção dos literatos sobre esta região que, mesmo inserida no que Ángel Rama chamou de Comarca Pampeana, apresenta características singulares dignas de figurar nas produções de ambos os escritores. Para isso, perscrutaremos os textos ficcionais e documentais, buscando aproximá-los da clássica análise sustentada por Sarmiento quando aborda civilização e barbárie.

Palavras-chave: Fronteira; Jorge Luis Borges; Florencio Sánchez; comarca pampeana; literatura hispano-americana.


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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i26.8902



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