CHINAS E PRENDAS: IMAGENS DA MULHER GAÚCHA NO DISCURSO DE DOIS DICIONÁRIOS REGIONALISTAS

Valeria Schwuchow, Felipe Rodrigues Echevarria

Resumo


Nosso trabalho tem como perspectiva teórico-metodológico a História das Ideias Linguísticas (HIL) e seu corpus consiste em analisar dois verbetes típicos do linguajar gaúcho: china e prenda, ambos recortados de dois dicionários regionalistas: Vocabulario Gaúcho (1928), da autoria de Roque Callage e Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul (1984), da autoria de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes. Intentamos observar se os sentidos dos dois verbetes são mantidos e/ou atualizados nos dois dicionários produzidos em anos distintos, porém no mesmo século, nesse caso o século XX. Tomamos gramáticas e dicionários como instrumentos linguísticos sob a perspectiva da HIL. Esses instrumentos linguísticos, de acordo com Auroux (2014), até os dias de hoje são considerados os pilares de nosso saber metalinguístico. Abordar a HIL em nosso trabalho é imprescindível, pois essa área do conhecimento estuda a produção de gramáticas e dicionários feita no Brasil desde o século XVI. Abordamos também a questão dos dicionários regionalistas, já que entendemos que os dicionários de regionalismos contribuem para a preservação do léxico gaúcho, e, segundo Petri (2009), também preservam uma identidade regional. A mesma autora afirma que dicionários mantêm e ao mesmo tempo atualizam sentidos. Foi o que percebemos ao analisar os sentidos de china e prenda em Vocabulario Gaúcho e Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul: os sentidos se mantêm praticamente os mesmos e há pouca atualização.

Palavras-chave: Dicionários; Dicionários Regionalistas; História das Ideias Linguísticas.


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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i27.8545



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