A PARRESÍA NO CANCIONEIRO DE VIOLETA PARRA CANTADO POR MERCEDES SOSA EM HOMENAJE A VIOLETA PARRA

Jorge Alves Santana

Resumo


Mercedes Sosa, cantora argentina e ativista político-cultural, presta uma homenagem à artista chilena, e também grande ativista, Violeta Parra, em seu disco Homenaje a Violeta Parra, em 1971. Ambas pertencem, respectivamente, aos movimentos culturais denominados por Novo Cancioneiro e Movimento da Nova Canção Chilena. Movimentos estes perspectivados por um vigoroso multiculturalismo questionador das desigualdades sociais, das produções culturais de massa, dos regimes políticos ditatoriais, entre outras causas e temas. Sobretudo, são movimentos movidos pela vontade da ação dialógica entre os povos latinoamericanos. Desse cancioneiro, acompanharemos as canções Defensa de Violeta Parra (Nicanor Parra), Gracias a la vida, Me gustan los estudiantes, Los hambrientos piden pan [o La carta], e Los pueblos americanos. Tais canções, escritas por Violeta Parra e interpretadas por Mercedes Sosa, demonstram-nos como as complexas mobilidades psicossociais de tais ativistas podem dinamizar o contexto da parresía (o jogo político agonístico no qual se tenta convencer sobre o valor necessário de certa verdade) para a construção de um socius pragmaticamente crítico e igualitário. Quadro socioestético este que valoriza mais a dimensão coletiva da produtividade cultural, que aquela dimensão das individualidades de tais artistas ativistas.

Palavras-Chave: Violeta Parra; Mercedes Sosa; Cancioneiro Latinoamericano; Parresía.

 


Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i26.8543



Caderno de Letras integra a rede LATINOAMERICANA - Asociación de Revistas Literarias y Culturales 

__________________________________________________________________ 

A Caderno de Letras está indexada nas seguintes bases: