A CONDENAÇÃO DO EX-PRESIDENTE LULA NA MÍDIA DIGITAL: DO ACONTECIMENTO DISCURSIVO À RESISTÊNCIA

Anísio Batista Pereira

Resumo


A condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi assunto em todos os canais de comunicação a partir de 2017. O ex-político supracitado foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em ação da Lava Jato sobre o sítio de Atibaia, em 2019. Sua condenação acontece pela primeira vez em julho de 2017 em primeira instância e, em janeiro de 2018, em segunda instância, na ação penal referente ao triplex do Guarujá. Pensando nesses acontecimentos, objetiva-se, por meio deste trabalho, descrever/analisar os discursos relacionados a esse fato na mídia digital e refletir o acontecimento e as resistências emergentes. O corpus é constituído por uma reportagem que trata da condenação e por comentários de leitores/internautas sobre esse discurso veiculado no portal G1, sendo um dos mais acessados atualmente. Como suporte teórico-metodológico, foram utilizadas teorias da Análise do Discurso francesa, a partir dos conceitos de acontecimento discursivo, relações de poder e resistência, de Michel Foucault (1995; 1996; 2007; 2008; 2010), com auxílio da abordagem de memória que se apresenta em Jean-Jacques Courtine (2009) e Michel Pêcheux (1999; 2008). Esse acontecimento discursivo, tendo em vista o momento histórico de produção da notícia, provoca efeitos de reações diversas, inclusive de resistências, pelos sujeitos que se inscrevem em uma formação discursiva política vinculada ao partido do condenado, no caso, de esquerda.

Palavras-chave


Acontecimento discursivo; relações de poder; resistência; Lula.

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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i41.19779



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