REDES DE AFETOS NA NARRATIVA PÓS-DITATORIAL LATINO-AMERICANA CONTEMPORÂNEA
Resumo
A literatura configura-se território privilegiado para a expressão dos afetos que integram a vida social e privada, especialmente em se tratando de experiências de violência e trauma. Este ensaio propõe a análise de narrativas referenciadas nas ditaduras civil-militares ocorridas no Brasil, Chile e Argentina na segunda metade do século passado com o propósito de interrogar os procedimentos estéticos que, à luz da Teoria de afetos, de pressupostos teóricos acerca do testemunho e da memória, permitem identificar seu caráter de resistência e sua potência política. Os romances em análise têm como narradores personagens indiretamente relacionados aos acontecimentos, o que significa que estamos abordando as chamadas produções pós-memória, ou, em alguns casos específicos, relatos de filiação. Infere-se que a economia de afetos que permeia as narrativas, no imbricamento entre memória, subjetividade e história, acentua, no ato narrativo da cotidianeidade, a produção de sentidos e sua potência estética e ética.
Palavras-chave: Teoria de afetos; Testemunho; Memória; Literatura latino-americana; Ditaduras latino-americanas.
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PDFReferências
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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i37.18360
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