A PROTOFICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA E SUA HIBRIDIZAÇÃO ATRAVÉS DO FANTÁSTICO: UMA ANÁLISE DO CONTO “A SOMBRA” DE COELHO NETO

Thalita Ruth Sousa, Naiara Sales Araújo Santos

Resumo


A Protoficção Científica compreende obras produzidas antes da formação da Ficção Científica, mas que possuem fundamentos ligados ao desenvolvimento tecno científico. Caracterizada pelo hibridismo, a ProtoFC, por vezes, apresenta afinidades com outros gêneros. Este é o caso do conto A sombra (1927) do escritor Coelho Neto, que tem proximidades com o Fantástico. Nele, o personagem Avellar, um bacteriologista, mata a esposa Celúta através de um experimento com injeções de vírus e bacilos. Após isto, ele é perseguido por uma sombra até que confessa o assassinato. Observa-se que a experiência científica provoca o medo do desconhecido, culminando num evento sobrenatural, rompendo com a realidade. A ciência, portanto, mostra-se falível e incapaz de fornecer explicações para tudo. Considerando as mudanças no cenário nacional devido ao progresso científico apregoado no início do século XX, objetiva-se analisar, por meio de pesquisa bibliográfica, a representação da ciência no conto A sombra (1927) e sua relação com a sociedade da época. A presente pesquisa visa também averiguar como a hibridização se constitui através do Fantástico na narrativa. Para tanto, são utilizados os apontamentos de Mary DelPriore (2014), Raul Fiker (1985), Isaac Asimov (1979) e David Roas (2018), entre outros. 

Palavras chave: Protoficção Científica; fantástico; Coelho Neto.


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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i34.16987



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