JULIANO GARCIA PESSANHA EM SUAS OBRAS

Suelen Ariane Campiolo Trevizan

Resumo


A escrita de si é especialmente produtiva para se pensar o estatuto do literário, pois, a despeito das limitações inerentes à linguagem para retratar qualquer acontecimento, traz implícita uma promessa de referencialidade. Assim, quem escreve dentro do espectro autobiográfico necessariamente precisa lidar com essa aporia. O crítico, por sua vez, não pode perder de vista a diferença entre dado factual, real e ficção na leitura desse tipo de obra. Considerando essas questões teóricas, o presente ensaio analisa textos de Juliano Garcia Pessanha (1962), escritor que busca na tradição testemunhal a forma para produzir performances e heterotanatografias sobre traumas pessoais. Para compreender a especificidade desse autor, discutem-se antes os conceitos de testemunho (Agamben e Levi), autobiografia (Lejeune e de Man) e autoficção (Klinger). Por fim, retoma-se a discussão, ainda longe de terminar, sobre a relação entre vida e obra na literatura.

Palavras-chave: Juliano Garcia Pessanha; escrita de si; testemunho; autobiografia; heterotanatografia.


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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i34.16948



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