DA SÉRIE AO CIBER: O FOLHETIM TRANSMÍDIA DESAPAIXONANTE, DE MARVIN CROSS

Ingrid Lara de Araújo Utzig

Resumo


O formato do folhetim originou o que hoje é conhecido como novelas e séries, por exemplo. Este artigo teve como objetivo analisar a obra Desapaixonante, de autoria de Marvin Cross, escritor maranhense radicado no Estado do Amapá. A narrativa se circunscreve dentro das características do folhetim e foi divulgada na internet, a priori, até ser publicada em livro físico pela editora Skull. Triangulando as teorias de Canclini (2016) sobre a estética da iminência e da perspectiva pós-autônoma da arte, em conjunto com a cultura da convergência defendida por Jenkins (2009) e a discussão a respeito da intermidialidade tratada por Clüver (2011), pretendeu-se compreender os percursos traçados por Marvin para a consolidação de um público leitor fiel de uma narrativa on-line fragmentada e as estratégias por ele usadas até a publicação impressa, a considerar que os efeitos econômicos e mercadológicos estão arraigados no ofício de escrever um produto cultural. Após a análise, foi possível perceber que o referido autor adotou a prática intermidial como base de sua própria estética da iminência, que consiste na transição entre plataformas, em movimentos de não permanência que são, na realidade, a multiplicação da presença em locais diferentes, o que acaba ampliando as possibilidades de acesso.

Palavras-chave: Desapaixonante. Estética da iminência. Pós-autonomia. Convergência. Intermidialidade.


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DOI: https://doi.org/10.15210/cdl.v0i36.16760



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