ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA ADEQUAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE UMA AGROINDÚSTRIA DE CACHAÇA ARTESANAL

MARCO ANTONIO ZANELLA, JAIME DA ROSA DOMINGUES NETO, MARIA LAURA GOMES SILVA DA LUZ, Gizele Ingrid Gadotti, CARLOS ALBERTO SILVEIRA DA LUZ

Resumo


Este trabalho foi um estudo de caso em uma empresa familiar que produz cachaça desde 1945 e vem passando de geração em geração. No início de sua história, a cachaça era reconhecida pelo sabor e a coloração azul, cor que provinha de uma técnica peculiar. O preparo da cachaça azul consiste em adicionar um galho de bergamota na cabeça do alambique. A atual produção de cachaça é comercializada no mercado informal e consiste numa atividade complementar à renda do produtor rural. Este projeto teve o objetivo de estudar a viabilidade da adequação de uma agroindústria de pequeno porte, localizado no interior do município de Cristal que produzirá 3500 L/ano de cachaça, sendo 30% da produção envelhecida em pipas de carvalho. A adequação da produção visa à conformidade com o Decreto No 4.062, de 21 de dezembro de 2001 (conhecido como Lei de Cachaça) e a Instrução Normativa No 13, de 29 de junho de 2005 e a Instrução Normativa No 15, de 31 de março de 2011. O estudo de viabilidade técnica das adequações da agroindústria de cachaça artesanal apresentou viabilidade, mostrando que pequenas adequações podem permitir o enquadramento de um produtor artesanal nas especificações legais. O estudo de viabilidade econômica da agroindústria de cachaça artesanal apresentou taxas internas de retorno (TIR) distintas nos diferentes cenários, demonstrando a sensibilidade da variação do preço da cachaça na viabilidade do projeto. Comparados com uma TMA de 14%, os cenários apresentaram condições de viabilizar o projeto. Com o preço de venda de R$ 23,00 para a cachaça tipo Prata e de R$ 34,12 para a tipo Premium, o projeto equilibrou as finanças, determinando assim o preço mínimo de comercialização para a quantidade produzida. Considerando o IPI há uma redução da TIR para 18%.

Palavras-chave


bebida alcóolica; produção artesanal; agroindustria

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DOI: https://doi.org/10.15210/rbes.v2i2.9081