AVALIAÇÃO DAS DESIGUALDADES DE ACESSO A ÁREAS VERDES PÚBLICAS ATRAVÉS DO MODELO DE OPORTUNIDADE ESPACIAL

Gustavo Maciel Gonçalves, Clarice Maraschin

Resumo


O acesso da população a áreas verdes é um fator de qualidade de vida e cumpre funções ambientais, socioculturais e estético-simbólicas. No Brasil, processos de segregação socioespacial conduzem parcelas da população de menor renda a habitar locais com deficiência de infraestrutura, reforçando suas carências. Para o planejamento urbano, a distribuição equitativa de equipamentos públicos passa pelos desafios metodológicos de como mensurar e avaliar o acesso da população a eles. Assim, o objetivo da pesquisa é analisar a distribuição das áreas verdes públicas e as oportunidades de acesso à elas por diferentes grupos sociais na cidade de Pelotas/RS. A abordagem é quantitativa e faz o uso de modelos configuracionais urbanos. A metodologia envolve o cálculo da acessibilidade direcionada das demandas (população) às ofertas (áreas verdes públicas), com base no modelo de Oportunidade Espacial, levando-se em conta as diferenciações espaciais inerentes ao sistema viário, às localizações e diferenças de qualidade das áreas verdes e a distribuição desigual e segregada dos grupos sociais. Os resultados permitiram identificar as fortes desigualdades de acesso às áreas verdes para os diferentes grupos sociais. A pesquisa contribui pela investigação metodológica na abordagem do tema e pela sistematização de informações técnicas com alto potencial de aplicabilidade para ações do poder público local.


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