SEMEANDO AUTONOMIA E RESITÊNCIAS COTIDIANAS NO PLANEJAMENTO COMUNITÁRIO: MULHERES CAMPONESAS E CUIDADORAS DO CONTESTADO – LAPA, PR
Resumo
Este artigo aborda um recorte dos trabalhos de conclusão de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná (FALCADE-PEREIRA, 2019). As pesquisas foram realizadas em parceria com o Movimento dos/as Trabalhadores/as Rurais Sem Terra – MST do Paraná. Para este artigo temos como objetivo visibilizar o protagonismo das mulheres camponesas do Assentamento Contestado e as práticas do cuidado como mobilizadoras de estratégias comunitárias para a reprodução da vida e de planejamentos contra hegemônicos. Foram trazidos estudos e análises sobre o Plano de Desenvolvimento do Assentamento - PDA do Contestado, porém os elementos principais vêm da realidade desse território por meio de narrativas de 3 integrantes da comunidade destacando nestas dimensões da agroecologia, do cuidado e do comunitário. A base teórica principal articula a realidade da comunidade em questão (TORINELLI, 2016), o plano de ordenamento territorial participativo em território agrário (PDA, 2001), GUTIERREZ E SALAZAR (2015, 2017), e OROZCO (2014). Como resultados o cotidiano narrado evidenciou o protagonismo das mulheres camponesas como mobilizadoras dos trabalhos de cuidados e trabalhos comunitários. Estes foram e são geradores de renda, possibilitaram a permanência na terra, potencializaram a transição agroecológica no assentamento e também consolidaram a estruturação e manutenção da Sede Comunitária. Esses processos foram referenciais importantes no contexto das investigações das pesquisas sobre planejamentos contra hegemônicos e em territórios interioranos, contribuindo em campos exploratórios de um planejamento territorial comunitário que considere o tempo e a centralidade do cuidado da reprodução da vida.
Palavras chave: mulheres camponesas, agroecologia, cuidado, planejamento territorial comunitário e reprodução da vida.
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