O hotel Casa Grande e Senzala e a construção de uma memória colonial “pitoresca” pelas páginas do jornal Diário de Pernambuco (1972-1990)

Flávio Luan Freire Lemos, André Victor Cavalcanti Seal da Cunha

Resumo


O artigo objetiva compreender, historicamente, a construção do hotel Casa Grande e Senzala e, a partir desse lugar, refletir sobre a construção intencional de uma memória colonial pernambucana na segunda metade do século XX. Utilizamos como fonte as notícias, propagandas e colunas publicadas no jornal Diário de Pernambuco, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Buscaremos denotar que o hotel, para além das atribuições econômicas, correspondeu a um interesse de cristalização e celebração do passado colonial, aos moldes da produção intelectual do sociólogo pernambucano Gilberto Freyre. Como hipótese central, apontamos que o sucesso do empreendimento hoteleiro – também bar e restaurante – em fins do século passado, correspondeu a vontade da elite recifense em constituir um lugar de memória para experenciar os privilégios coloniais dos seus antepassados. Com isso, visamos colaborar com o debate público sobre o racismo estrutural histórico na sociedade brasileira e seus reflexos na contemporaneidade.

Palavras-chave: Lugar de Memória. Hotel Casa Grande & Senzala. História de Pernambuco.


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