“Vamos fazer uma festa também, vamos fazer a festa dos Pioneiros”: memória e identidade celebradas e demarcadas na Festa do Pioneiro da Marcha para o Oeste em Nova Xavantina/MT

Natália Araújo de Oliveira

Resumo


O artigo discute a produção simbólica de um evento criado para perpetuar a memória coletiva de um grupo migrante como memória oficial de um município. Baseia-se em pesquisa qualitativa (com entrevistas e etnografia), realizada na cidade de Nova Xavantina (MT) de 2006 a 2017. O grupo é denominado Pioneiro da Marcha para o Oeste, formado por nordestinos e goianos que migraram a partir da política de colonização Marcha para Oeste, lançada pelo presidente Getúlio Vargas, que estimulava a ocupação de territórios “vazios”, em um discurso que colocava o migrante como herói nacional. Com a chegada dos gaúchos na década de 1970, os Pioneiros entenderam que era necessário demarcar sua memória no município e criaram a Festa do Pioneiro da Marcha para Oeste em 1987. É por meio dessa Festa, realizada há 32 anos, que os Pioneiros destacam seu pertencimento e reforçam sua identidade no município.


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