A EDUCAÇÃO FEMININA ENTRE A NORMALIZAÇÃO E A RESISTÊNCIA: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS DA REVISTA CARETA (1914-1918)
Resumo
Este artigo trata da história da educação feminina na década de 1910, a partir da revista ilustrada e de variedades Careta. A relação entre o tema e a fonte se estabeleceu conforme constatação de que a educação para as mulheres, empreendida pela revista, se dava por práticas normalizadoras e por prescrições que visavam regular a vida cotidiana feminina para o contexto urbano. Pela análise do discurso foucaultiana, o exercício foi de examinar a construção dos enunciados da revista, ao que se observou a manifestação de saberes oriundos de instituições como a religião, a medicina, a filosofia. Com isso, a elaboração moral e normalizadora para o feminino adquiria estatuto de verdade, suficiente para produzir emergências femininas, conformadas historicamente a papéis dados nas representações do ser mulher, ou silenciadas na regulação de sua circulação. Porém, considerando as possibilidades das relações de poder, as resistências femininas também são lidas na Careta, de modo que provoca pensar nos sujeitos e movimentos plurais da história.
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15210/hr.v24i1.15906
DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/hr.v24i1.15906.g9974
Publicação Semestral do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel - Profa. Beatriz Loner
Programa de Pós-Graduação em História da UFPel
Instituto de Ciências Humanas
Universidade Federal de Pelotas