O FILHO INDESEJADO: O ABORTO NA GRÉCIA ANTIGA

Lydie Bodiou

Resumo


As mulheres gregas da época clássica eram vistas
somente em função de seu ventre, de suas capacidades para gerar,
para dar à luz crianças aos homens. Reproduzir é um dever, o único
papel social possível para elas no seio da cidade. Mas este filho, que
vem como a primavera, é freqüentemente indesejado. Então, os
médicos e biólogos dos séc. V e IV a.C., que tratavam de doenças
femininas, conhecem e fazem uso de métodos contraceptivos e
abortivos, por vezes curiosos, e muitas vezes perigosos, para “fazer
passar” esta criança que não se quer. Uma panóplia de receitas que
se sustenta amplamente num empirismo, mas que exprime também
os começos de uma técnica fundamentada e racional: o que exprime
também os começos de uma técnica fundamentada e racional: o
pensamento médico torna-se científico.


Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.15210/hr.v8i8.11794

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/hr.v8i8.11794.g7526


Publicação Semestral do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel - Profa. Beatriz Loner
Programa de Pós-Graduação em História da UFPel
Instituto de Ciências Humanas
Universidade Federal de Pelotas