PARTIÇÃO DE MATÉRIA SECA ENTRE ÓRGÃOS DE BATATA-DOCE (Ipomoea batatas (L.) LAM), CULTIVARES ABÓBORA E DA COSTA
Abstract
O trabalho teve por objetivo determinar a partição e a distribuição de matéria seca em folhas, caules e raízes de duas cultivares de Batata-doce em condições de campo, na área experimental da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, num esquema fatorial (2 x 6), constituído por duas cultivares (Abóbora e Da Costa) e seis épocas de colheita, com quatro repetições. O material vegetal foi coletado em intervalos regulares de 30 dias após o transplante (DAT), durante seis meses, para a determinação da matéria seca, taxas de produção de matéria seca e distribuição percentual de matéria seca entre os órgãos da Batata-doce. Os maiores acúmulos de matéria seca da folhaforam de 279,4 e 333,9 g m-2, atingidos aos 116 DAT, para as cultivares Abóbora e Da Costa, respectivamente. Os valores máximos de matéria seca do caule foram de 164,3 g m-2 para a cultivar Abóbora, alcançados aos 110 DAT e de 357,0 g m-2 para a cultivar Da Costa, atingidos aos 116 DAT. As matérias secas máximas das raízes foram de 693,6 (Abóbora) e 711,6 g m-2 (Da Costa), atingidos aos 130 e 150 DAT, respectivamente. As taxas de produção de matéria seca das folhas foram crescentes até os 60 DAT, sendo de 4,0 g m-2 d-1 para a cultivar Abóbora e 4,5 g m-2 d-1 para a cultivar Da Costa. As taxas de produção máxima de massa seca do caule foram de 2,7 e 5,8 g m-2 d-1 obtidas aos 60 DAT para ambas as cultivares . Ao passo que, as taxas de acúmulo máximo de biomassa nas raízes foram de 8,9 (Da Costa) e 11,1 g m-2 d-1 (Abóbora), atingidos em torno dos 88 e 76 DAT. Inicialmente, os drenos metabólicos preferenciais foram as folhas e caules e posteriormente as raízes tuberosas que, com o seu aparecimento e crescimento, se tornaram os drenos metabólicos preferenciais de forma acentuada e definitiva.