INFLUÊNCIA DO pH, ADIÇÃO DE SAIS E TEMPERATURA NA VISCOSIDADE DOS BIOPOLÍMEROS PRODUZIDOS POR Beijerinckia sp. 7070 E UR4
Abstract
Os biopolímeros vêm sendo estudados com visível interesse por suas propriedades reológicas, sendo muito utilizados na indústria de alimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biopolímero, fibra longa e curta, de duas cepas de Beijerinckia sp. 7070 e UR4, a composição química e viscosidade destes, bem como, a influência da temperatura, de diferentes pH e da adição de sais nas soluções aquosas dos biopolímeros. O biopolímero foi obtido através de fermentação aeróbica, em batelada, em incubador agitador. As condições foram: 24°C, 180 rpm por 34 horas. O meio fermentado foi centrifugado para remoção das células. O biopolímero foi seco e após triturado. Para medida da viscosidade, as amostras foram diluídas a 1% (m/v) em água deionizada, adicionada KCl e CaCO3 nas concentrações de 0,1 e 1,0 %, corrigindo-se o pH para 3,0; 5,0 e 7,0 . Os valores foram determinados em viscosímetro rotacional Brookfield (modelo LV) a 25 e 65ºC, a 6, 12, 30 e 60 rpm. Os resultados mostraram que a cepa 7070 no tempo de fermentação de 34 horas apresentou maior produção. Na análise cromatográfica ambas as cepas apresentaram os mesmos componentes para fibra longa: fucose, glicose, galactose, ácido glicurônico e ácido galacturônico. A solução a 1% (m/v) do biopolímero de Beijerinckia sp. 7070 por ser ácida, apresentou pH 6,5 à 25°C. A correção do pH para 7,0 e 3,0 diminuiu a viscosidade da solução, enquanto que em pH 5,0 a viscosidade não foi alterada. Com o aumento da temperatura houve uma redução da viscosidade para todos os tratamentos.