EFEITO DA TEMPERATURA E CONDIÇÕES DE ATMOSFERA CONTROLADA NA ARMAZENAGEM DE MAÇÃS ‘FUJI’ COM INCIDÊNCIA DE PINGO DE MEL
Abstract
Com o objetivo de avaliar condições de armazenamento de maçãs foram conduzidos dois experimentos com a cv. Fuji com incidência de pingo de mel. A unidade experimental foi composta por amostras de 70 frutos. O experimento 1 constituiu-se de um bifatorial 2 x 3 (temperatura x condições de armazenamento) com três repetições. As condições de armazenamento foram: armazenamento refrigerado - AR (21,0 kPa O2/0,0 kPa CO2) ; 0,8 kPa O2/0,0 kPa CO2 e 1,1 kPa O2/0,0 kPa CO2, combinados com as temperaturas de 0 e –0,5ºC. No experimento 2 foram avaliados os seguintes tratamentos: AR (21,0 kPa O2/0,0 kPa CO2); 1,1 kPa O2/0,0 kPa CO2 e 0,8 kPa O2/0,0 kPa CO2 e 1 kPa O2/2,0 kPa CO2, todos na temperatura de 0ºC. A UR, em ambos os experimentos, foi de 96%. As avaliações foram realizadas após sete meses de armazenamento, na saída da câmara, e após sete dias de exposição dos frutos a 20ºC. No experimento 1, o uso de atmosfera controlada diminuiu a degradação dos ácidos, manteve a cor verde da epiderme, diminuiu a produção de etileno e a respiração, porém aumentou a incidência de degenerescência senescente. A condição de 0,8 kPa de O2 manteve a firmeza da polpa mais elevada, tanto na saída da câmara, quanto após sete dias. Na saída da câmara, a temperatura de 0ºC apresentou menores valores de acidez titulável que a de –0,5ºC. No experimento 2, o uso de AC manteve a firmeza de polpa, a acidez titulável mais elevada e a cor da epiderme mais verde, além de promover menores valores de produção de etileno e respiração, porém a ocorrência de degenerescência senescente foi maior principalmente na condição de 1 kPa de O2 e 2 kPa de CO2.