TEMPERATURA DO AR NA SECAGEM ESTACIONÁRIA E TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA QUALIDADE DE GRÃOS DE MILHO
Abstract
Foram avaliados efeitos da temperatura de secagem e do tempo de armazenamento sobre a qualidade de grãos de milho (Zea mays L.), cultivar AG – 122, produzidos na região sul do Rio Grande do Sul, na safra agrícola 1998/99. Os grãos foram colhidos manualmente com umidade próxima a 18%, debulhados mecanicamente e secados até cerca de 13% de umidade, em cinco métodos de secagem forçada: 1) estacionária, em silo secador, com ar não aquecido (20+5ºC); 2) estacionária, com ar aquecido a 40+5ºC; 3) estacionária, com ar aquecido a 60+5ºC; 4) estacionária, com ar aquecido a 80+5ºC; 5) intermitente adaptada, em relação de intermitência de 2:1 com ar aquecido a 80+5ºC. Os grãos foram armazenados no sistema convencional, em sacaria de náilon, sendo as avaliações de qualidade dos grãos (umidade, proteína, extrato etéreo, cinzas, acidez do extrato etéreo e fungos) feitas no início do período de armazenamento, aos três e aos seis meses após. Concluiu-se que:
1) A secagem estacionária, em silo-secador, com ar a 40+5ºC e a intermitente, com ar a 80+5ºC, até 13% de umidade, apresentam desempenhos eqüivalentes na conservabilidade de grãos de milho e superiores às estacionárias com ar não aquecido e com ar com temperaturas superiores a 60ºC;
2) A secagem estacionária, em silo-secador, com ar não aquecido, apesar de lenta, apresenta viabilidade de uso para conservação de grãos de milho em armazenamento convencional, no sul do País, por seis meses e em temperaturas não superiores a 20ºC.
3) No sistema estacionário, em silo-secador, o uso de ar de secagem com temperaturas de 60ºC, ou superiores, reduz a conservabilidade dos grãos em armazenamento convencional por tempo superior a três meses.