FRIGOCONSERVAÇÃO DE PÊSSEGO (Prunus persica (L.) Batsch) cv. BR1

Rosete A. GOTTINARI, Cesar Rombaldi, Paulo Silveira, Paulo Araújo

Abstract


Dentre as principais causas que aceleram o processo de maturação/ senescência/deterioração de frutos in natura, destacam-se as atividades enzimática e microbiana, e as reações químicas. A utilização de baixas temperaturas permite reduzir a velocidade dessas alterações, prolongando a vida de prateleira dos frutos. Em pêssegos, que têm alta perecibilidade e comportamento climatérico, o uso da refrigeração tem sido preconizado como método adequado de conservação. Dentro deste contexto, o presente trabalho buscou avaliar o comportamento fisiológico de pêssegos, cv. BR1, colhidos em dois estádios de maturação (verdoengos e meio-maduros), mantidos sob refrigeração durante 28 dias à temperatura de 0oC e umidade relativa de 90 a 95%. A partir da instalação do experimento e em períodos de sete dias, os frutos foram submetidos a análises de perda de peso, firmeza de polpa, açúcares e produção de etileno. Para cada período de análise, avaliou-se o comportamento dos pêssegos após a refrigeração e em condição de comercialização simulada, mantendose os frutos durante 48h à temperatura ambiente após a saída da câmara fria. Os resultados obtidos permitiram verificar que, tanto frutos colhidos verdoengos quanto meio-maduros,  apresentaram uma redução da firmeza da polpa e um aumento nos teores de açúcares totais, sobretudo da sacarose, de perda de peso e da produção de etileno. Quando avaliou-se a influência do ponto de colheita sobre a evolução desses parâmetros, durante a armazenagem refrigerada, verificou-se que frutos colhidos no estádio verdoengo apresentaram melhor conservabilidade, por um período seguro de sete dias de armazenamento seguido de 48h à temperatura ambiente. Ao se avaliar os frutos após manutenção por 48h à temperatura ambiente, observou-se uma intensificação das alterações citadas, sobretudo na produção de etileno.

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