INFLUÊNCIA DE ASPECTOS AMBIENTAIS E GENÉTICOS NA QUALIDADE DA FIBRA DE LÃ
Abstract
O trabalho avaliou a resistência e coloração de lãs, segundo a nutrição, estado fisiológico, épocas de tosquia e idade em rebanhos de cria Corriedale em campo nativo ou pastagem cultivada. Também identificou algumas diferenciações de aspectos qualitativos das lãs em ovinos de diferentes aptidões e cruzamentos. Os efeitos foram examinados por análise de variância (Método dos Quadrados Mínimos) e por regressão polinomial múltipla. Os resultados mostraram que a melhor alimentação para rebanhos de cria favorece a resistência à tração da lã. As lãs provenientes de tosquias de dezembro e agosto apresentam menor amarelamento e melhor brilho. As tosquias de março apresentam alto grau de amarelamento que praticamente permanece inalterado após a lavagem. Os comprimentos de mecha foram semelhantes para todas as tosquias, porém, as fibras colhidas em dezembro (ao desmame) e agosto (préparto) foram mais resistentes. Na tosquia pré-parto, "são transferidos para a ponta" os problemas estruturais das fibras, ocasionados pelos efeitos da gestação e lactação. Os coeficientes de regressão de idade sobre a incidência de amarelamento na lã não foram significativos (P>0,05), indicando a inexistência de oscilações importantes desta variável entre grupos de idade de 2 à 8 anos. A idade das ovelhas melhorou o brilho e a resistência ao tracionamento. Os dados mostram valores altos para amarelamento da lã, medulação e fibras pigmentadas na raça Texel. Seu cruzamento com Corriedale aumenta os índices de medulação, fibras pigmentadas, produz um leve amarelamento na lã, diminuindo sua resistência, enquanto que com Ideal, aumenta a medulação, fibras pigmentadas e diâmetro médio de fibra. Para o cruzamento Suffolk/Hampshire Down três aspectos são realçados: baixa resistência de fibra, altos níveis de medulação e fibras pigmentadas.