ACURACIDADE DA SELEÇÃO POR APRECIAÇÃO VISUAL EM CARNEIROS DA RAÇA CORRIEDALE NO RIO GRANDE DO SUL

José L. V. GUERREIRO, José Osório, Ricardo Cardellino, Pedro Avila

Abstract


A eficiência da seleção por apreciação visual foi comparada com seis diferentes critérios de seleção considerando os pesos de velo limpo (PVL) e corporal (PC), em 64 carneiros da raça Corriedale, com idade média de 18 meses, criados em campo nativo no municipio de Santa Vitória do Palmar, RS. Para os critérios objetivos, seis índices de seleção com diferentes ênfases nos caracteres medidos foram examinados: 100% PVL; 70% PVL e 30% PC; 60% PVL e 40% PC; 50% PVL e 50% PC; 40% PVL e 60% PC; e, 30% PVL e 70% PC. Para cada ponderação de PVL e PC foram simulados quatro diferentes pressões de seleção, 14, 28, 43 e 56% de animais selecionados, correspondentes aos grupos obtidos na classificação por um técnico, quando da apreciação visual da produção de lã e conformação dos animais. Foram obtidos diferenciais de seleção para cada critério de seleção (visual + 6 índices) e pressão de seleção (4). Em todos os critérios de seleção, os resultados obtidos mostraram vantagens da seleção objetiva sôbre a seleção visual nas respostas esperadas por geração. Na pressão de seleção de 14%, houve vantagens de 22 a 62% na produção de lã e 24 a 93% no peso corporal; na pressão de seleção de 28% as vantagens obtidas para a produção de lã foram de 56 a 93% e para peso corporal de 33 a 100%; na pressão de seleção de 43% as vantagens foram de 56 a 144% na produção de lã e 333 a 566% no peso corporal; na pressão de seleção de 56% foram obtidas vantagens de 89 a 124% na produção de lã e de 425 a 600% no peso corporal. Conclui-se que a seleção objetiva é mais eficiente que a seleção visual, sendo que sua superioridade depende do critério de seleção (ênfase em lã ou carne) e da pressão de seleção. Recomenda-se, portanto, que os criadores de ovinos incluam medidas objetivas destas características produtivas em seus planos de seleção.

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