EFEITO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DA MATÉRIA SECA DE UM CAMPO NATURAL DE PLANOSSOLO NO RIO GRANDE DO SUL
Abstract
No Centro Agropecuário da Palma, Universidade Federal de Pelotas, RS, realizou-se um experimento no período de outubro de 1992 a maio de 1993, em um campo natural de Planossolo (terras baixas) para avaliar o efeito de doses crescentes de nitrogênio (zero, 100, 200, 300, 400, 500, 600 e 700 kg/ha), sobre a produção de matéria seca (MS), teor e produção de proteína bruta (PB). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos completos ao acaso, com oito tratamentos e quatro repetições. A fonte de N foi o sulfato de amônio e realizaram-se três cortes durante o período experimental, adotando-se como critério para data dos cortes altura de 20-25 cm da forragem verde no campo nos tratamentos com as doses mais elevadas de nitrogênio (500£N£700). O nitrogênio aplicado a partir de 15 de outubro de 1992, em intervalos de 30 dias, na base de 1/5 da dose, num total de cinco aplicações iguais. Não se fez adubação fosfatada e potássica. A produção total média de matéria seca aumentou significativamente com o incremento na dosagem do nitrogênio, obtendo-se o efeito quadrático para o N, com a seguinte equação: Y = 5813,62 + 2,272X - 0,02424X2 (r2 = 0,89). O teor de proteína bruta foi influenciado significativamente pela adubação nitrogenada, obtendo-se o efeito quadrático, representado pela equação: Y = 6,735 + 0,01287X - 0,0000064X2 (r2 = 0,98). A produção total média de proteína bruta apresentou a mesma tendência com a seguinte equação de regressão: Y = 127,481 + 0,8442X - 0,000615X2 (r2 = 0,85). Os resultados obtidos indicam que o campo natural de Planossolo apresenta elevado potencial de produção e qualidade da forragem alcançando-se, entretanto, o rendimento teto na produção de matéria seca e teor máximo de proteína bruta, em diferentes níveis de adubação nitrogenada.