INFLUÊNCIA DA LOCALIZAÇÃO DA GEMA NO RAMO SOBRE O ESTABELECIMENTO IN VITRO DE PORTA-ENXERTOS DE Prunus spp.
Abstract
No Brasil, os porta-enxertos para fruteiras de caroço, em sua grande maioria, são propagados através de sementes, as quais são provenientes de fábricas de conservas e não apresentam garantias de origem genética e sanitária. Por isso, este trabalho teve como objetivo estabelecer in vitro porta-enxertos de pessegueiro e identificar a melhor região do ramo para isolamento dos explantes. Os porta-enxertos Flordaguard, Mr. S. 2/5, Nemaguard e Nemared, mantidos em casa de vegetação, foram utilizados para isolamento de segmentos de ramos com 15 cm de comprimento, separados em dois grupos, de 0-15 cm e de 15-30 cm, a partir do ápice do ramo. Os explantes (segmentos nodais) foram desinfestados em álcool 70% e hipoclorito de sódio 1,5%, e em seguida foram cortados com aproximadamente 1,0 cm de comprimento, os quais foram inoculados em tubos com 8 mL de meio MS acrescidos de 30 g L-1 de sacarose, 100 mg L-1 de mio-inositol, 0,75 mg L-1 de BAP, 0,5 mg L-1 de GA3, 7,0 g L-1 de ágar e pH 5,8. Os quatros porta-enxertos inoculados no meio de estabelecimento iniciaram a brotação a partir do décimo dia de cultivo. Verificou-se que a região de coleta dos explantes não influenciou o percentual de estabelecimento, com exceção da cv. Nemaguard. As maiores porcentagens de estabelecimento com os explantes retirados da porção apical do ramo (100% e 63,11%) ocorreram com as cvs. Mr. S. 2/5 e Nemared. As porcentagens de estabelecimento das. cvs. Mr. S. 2/5, Nemared e Nemaguard (98,3%, 80,55% e 80,54%), obtidas a partir dos explantes da porção basal, foram iguais entre si e superiores a cv. Flordaguard (37,29%). A percentagem de contaminação dos explantes durante a fase de estabelecimento foi reduzida, sendo de 1% para a contaminação bacteriana e 2% para fúngica. Entretanto, não existiu diferença entre a região de coleta do explante.