RELAÇÕES DE GÊNERO NOS AUTORRETRATOS DE LUCY CITTI FERREIRA, 1930-1940

Sophia Faustino Freiria de Sousa, Helouise Lima Costa

Resumo


A presente proposta de trabalho apresenta um recorte da pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) “Para além dos silêncios da história: análise da produção artística e fotográfica de Lucy Citti Ferreira” em vigência até outubro de 2021, que desenvolvo sob orientação da Profª. Drª. Helouise Costa (MAC USP), que será coautora deste artigo. Lucy Citti Ferreira (São Paulo, 1911- Paris, 2008) é uma artista de produção extensa, que participou de importantes exposições e que conta com obras em diversos acervos museológicos, entre os quais o da Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de Nova York. Trata-se, no entanto, de uma artista praticamente ausente da história da arte moderna brasileira, caso exemplar para refletir sobre as presenças e ausências femininas no modernismo. Esta apresentação irá abordar questões que tangem à sua autorrepresentação como pintora por meio da análise de duas telas, produzidas nas décadas de 1930 e 1940, pertencentes aos acervos do MAC USP e da Pinacoteca. Serão abordadas também as trocas que travou nesse mesmo período ao frequentar e dividir o espaço do ateliê com Lasar Segall, de quem foi aluna e modelo favorita. Essas análises darão atenção às particularidades da obra de Citti Ferreira e poderão explicitar de que modo a colaboração entre artistas pode gerar narrativas desiguais, centradas na ideia de influência, quando ligadas às atribuições de papéis de gênero.

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