O DESIGN PROVIDENCIAL DE FRANCISCO

Lúcia Bergamaschi Costa Weymar, Jorge dos Reis

Resumo


O Design Providencial de Francisco faz parte de uma pesquisa maior, acerca de design e cartografia de cidades portuguesas, vinculada a Estágio Pós Doutoral na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e apresenta a transcrição de uma entrevista com Francisco Providência, designer baseado na cidade do Porto e professor da Universidade de Aveiro. O roteiro da entrevista pretende problematizar categorias conceituais duais no design e na arte tais como simplicidade e complexidade, funcionalidade e racionalidade, autoria e mercado, identidade e alteridade e, por fim, técnica e poética. O encontro, ocorrido no estúdio Providência Design, no Porto, acaba por ampliar o espectro do roteiro na medida em que dá a conhecer as relações entre abstração e empatia propostas pelo teórico alemão Worringer, relações essas que tornam-se fundamentais para a compreensão do design de marcas atual. Para além de respostas estritas, Providência, cujo portfólio de design de identidade demonstra processos de redução gráfica para a conquista do simples, discorre sobre abstração nas produções primitivas e concretude na tradição clássica, monossemia e polissemia na comunicação visual, complexidade e simplicidade na relação do ser humano com a natureza e, sobretudo, sobre tristeza e felicidade, recuperando o que Fernando Pessoa já havia proferido: “Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste”.

Palavras-chave: Francisco Providência. Abstração e empatia. Simplicidade e complexidade. Design de identidade.


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