ARUÊ EXU: SOBREVIVÊNCIAS, MEMÓRIAS E SINCRETISMO – POMBA-GIRA MENINA DA PRAIA

Felipe Bernardes Caldas

Resumo


Este trabalho visa refletir o processo de apropriação da imagem central do quadro O Nascimento de Vênus de Sandro Botticelli (1483) como representação da entidade Umbandista/quimbandista Pomba-gira Menina da Praia. O presente texto visa discutir memória cultural e sincretismo por meio do trânsito imagético. Para tal, parte de uma comparação entre o quadro e o altar dirigido a Pomba-gira Menina da Praia constante em um terreiro na cidade de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre, apontando semelhanças e discrepâncias, entre o culto à entidade e seu aparato cultural-imagético e a representação de Vênus e sua tradição iconológica. Esta investigação ampara-se em um diálogo metodológico entre Erwin Panofsky e Aby Warburg. Conta como apoio a entrevista com o Babalorixá Hélio de Odé.

Palavras-chave: Imagem. Memória Cultural. Vênus. Pomba-gira Menina da Praia.


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