IMPRESSOS COMERCIAIS NO RIO GRANDE DO SUL MARCAS REGISTRADAS – 1878 a 1923

Paulo Ricardo Heidrich, Paula Viviane Ramos

Resumo


Este estudo tem por objeto os impressos comerciais (rótulos, embalagens e folhetos publicitários) que constam nos livros de marcas registradas na Junta Comercial de Porto Alegre, no período de 1878 a 1923, atualmente preservados no Arquivo Público do RS e no Museu Julio de Castilhos, em Porto Alegre. A pesquisa visa a resgatar e documentar uma parte importante da produção das oficinas litográficas que funcionaram no estado, entre o final do século XIX e o início do XX. Criada na Alemanha, em 1796, a litografia revelou-se adequada para a impressão de grandes volumes a baixo custo, atendendo às necessidades dos impressos efêmeros em geral e dos impressos comerciais em particular. Rapidamente difundida na Europa, chegou ao Brasil em 1817, e, na segunda metade do século XIX, já havia diversos estabelecimentos litográficos instalados nas principais cidades do país. Em Porto Alegre, destacaram-se as oficinas de A. Engel, E. Hirtz, E. Wiedeman, I. Weingärtner e J. Petersen. No interior do estado, a de E. Chapon e a Guarany em Pelotas, a de R. Strauch em Rio Grande, entre outras. O inventário desse material busca promover a sua preservação e publicação, fomentando outras investigações. Precursores da modernidade, os impressos comerciais introduziram uma identidade visual até então inexistente em nosso meio, no cruzamento entre a arte erudita e as soluções populares. Seu estudo interessa à história da arte e também da comunicação, do design e da indústria gráfica.

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