EXPERIÊNCIAS COM ARGILA NA EDUCAÇÃO DAS ARTES VISUAIS EM CONTEXTO DE ESTÁGIO

Denise Castanha de Avila de Lemos, Maristani Polidori Zamperetti

Resumo


A pesquisa em questão apresenta a argila como um material expressivo, que pode participar dos processos de ensino e aprendizagem de Artes Visuais, de forma a colaborar no desenvolvimento do potencial criativo e sensível do aluno, incentivando o mesmo a pensar, sentir, produzir e agir no contato com esta materialidade. Desta forma, o propósito do trabalho é pesquisar sobre a importância das vivências com a materialidade da argila no ambiente escolar, no contexto de uma experiência no Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Artes Visuais – Licenciatura (CA/UFPel). O que se percebe é que, geralmente, as atividades se limitam à exploração do material, e os objetos criados são posteriormente negligenciados, diferente do que ocorre com desenhos e pinturas, por exemplo. Porém, entende-se que estas produções tridimensionais são muito importantes para o conhecimento da produção das crianças e dos adolescentes, que mostram o desenvolvimento e expressão do seu “eu” e do mundo em que vivem. A argila proporciona um conhecimento sensível, pois no contato direto com esse material, os estudantes têm condições de manipular e criar formas com o barro, tendo em vista que se trata de um material vivo, que por si só tem uma ação que conduz ao equilíbrio. Amassar a terra e dar-lhe forma são gestos primitivos que, trabalhados junto ao conhecimento sobre a história da arte pré-histórica, indígena e africana, influem, consideravelmente, na dinâmica humana, promovendo a autoconfiança e o autodomínio.

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