A ASSEMBLAGEM E O USO DE DETRITOS URBANOS NA HISTÓRIA DA ARTE
Resumo
O trabalho aborda a assemblagem na História da arte, perpassando o termo assemblage, a partir de 1953, na França, com a obra de Jean Dubuffet. A assemblagem, enquanto construção, está presente na Arte Moderna em Kurt Schwitters e Pablo Picasso, e depois dos anos 50 em Robert Rauschenberg e Claes Oldenberg, os quais são referências artísticas para a pesquisa Sobras do cotidiano e da arte: Contextos, reaproveitamento, diálogos e documentação do lixo em deslocamento entre o espaço privado e público, renovação da UFPel, no qual desenvolvo minha poética visual de colagem/assemblagem como bolsista PIBIC in Iniciação Científica (UFPel). O uso de detritos urbanos e materiais reaproveitados do cotidiano faz parte dos procedimentos da assemblagem, na qual o artista busca sentido em qualquer material, rompendo limites tradicionais da pintura e escultura e da ‘matéria nobre’, criando uma linguagem híbrida entre pintura e escultura. Abordamos a importância de Pablo Picasso e Georges Braque que colam papéis, pedaços de jornal, madeira, tecido e outros elementos da vida cotidiana diretamente na superfície da pintura, que passa a ser uma construção, primeiro, sobre o suporte e, depois, a Idea de construção substitui a necessidade da noção de “suporte”. Discuto estes artistas referentes em relação a um de meus trabalhos de assemblage, que faz parte de uma instalação e que apresenta uma materialidade de detritos urbanos.